Foi como assistir a um truque barato de mágica: Você estava aqui — inteiro, entregue, em festa. E, no instante seguinte… poof ! Virou fumaça. Nem bilhete. Nem rodada final. Só um “foi tudo lindo, mas preciso tentar de novo”. (Com alguém que, até ontem, era um capítulo encerrado.) E eu? Fui o ensaio. Fui o rascunho bem escrito que serviu de comparação. A lembrança que talvez ele vá negar até pra ele mesmo, porque brilha demais pra caber no script que ele quer agora. Bloqueou. Como quem tranca uma porta com medo de que o vento volte. Como se amar fosse algo contagioso. Perigoso. Incurável. Mas tudo bem. Eu sou dessas memórias que não batem na porta — entram pela rachadura. E um dia, quando a vida estiver silenciosa demais, vai lembrar do som da minha risada, e não vai saber de onde veio. Vai lembrar do cheiro, da paz, e não vai saber de quem. Mas eu saberei. Porque eu estava lá. Presente. Viva. Tão inteira, que só podia assustar. Então vai. Tenta. Repete. Volta pro ciclo que te consola. ...
🖤Transformando o limão mais amargo em algo parecido com uma limonada. Quando adolescente eu escrevia um diário em um caderno de capa amarela... o meu bote salva-vidas…🖤