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Mostrando postagens com o rótulo crônicas

Quando o amor não volta (12/04/2025)

Tem dias que a saudade dói tanto que parece física. Dói no peito, dói na pele, dói até na respiração. E nesses últimos dias… doeu. E ainda tá doendo. Porque a única certeza que eu tenho é que ele não chega mais. E mesmo assim, eu sigo esperando. Todo dia. Como quem espera um milagre que não vem. Não tem mais beijo de bom dia. Não tem mais ele me irritando pra tirar o sapato quando chega. Não tem mais ele me esperando voltar do trabalho, perguntando como foi meu dia com aquele olhar de quem, no fundo, só queria saber se eu tinha pensado nele. A ausência dele grita no silêncio da casa. No espaço vazio do sofá. Nos pratos a menos na pia. Nos planos que a gente fez e agora estão jogados num canto, como caixas de mudança que nunca vão ser abertas. Não tem mais a gente sonhando junto, e isso… isso mata um pouco mais a cada dia. E o mais cruel é que a vida segue. A gente ri, a gente brinca, a gente finge. Mas em tudo o que eu vivo agora, tem um pensamento que não me larga: “Ele ia amar isso. ...

Paixão

"Paixão: a droga que a gente quer provar sempre mais" A paixão é uma daquelas sensações que a gente jura que controla, mas que, na verdade, domina a gente sem piedade. Quando ela chega, é como uma onda avassaladora que te engole de vez, te toma o ar, o controle, a paz. O frio na barriga? É só o começo. Cada toque, cada olhar, cada suspiro parece fazer o mundo girar de um jeito diferente, como se tudo fosse urgente, como se o tempo se esticasse e encolhesse ao mesmo tempo. E quando você prova dessa loucura uma vez, parece que o corpo pede mais. Mais adrenalina, mais desejo, mais dessa euforia que te faz esquecer o resto do mundo. Porque no meio do caos, da confusão que a paixão traz, há uma doçura quase viciante. É uma droga, sim, daquelas que te consomem e, ao mesmo tempo, te fazem querer sentir o gosto dela de novo e de novo. E mesmo sabendo o quanto ela pode ser devastadora, a gente se rende. Afinal, tem coisa melhor do que viver no limite do imprevisível, do desejo, do ago...

A paixão é a minha droga

“Paixão: a droga que nos faz flutuar, mas sempre cobra o preço da queda.”  Existe algo mais viciante do que a paixão? Aquele estado de euforia em que a vida parece um filme francês, onde cada toque é um terremoto e cada beijo é um espetáculo pirotécnico. Quando estamos apaixonados, somos verdadeiros viciados – corações acelerados, noites insones e aquela obsessão deliciosa que nos faz querer mais, sempre mais.  Mas como toda droga poderosa, a paixão vem com seus efeitos colaterais. Ela nos deixa irracionais, vulneráveis, capazes de fazer as maiores loucuras sem pensar duas vezes. É aí que mora o perigo: no momento em que a intensidade vira dependência. Passamos a viver de picos, ignorando que o tombo pode ser inevitável. E, ah, quando ele vem, dói mais do que qualquer abstinência.  Será que conseguimos viver sem essa droga? Talvez sim, talvez não. Talvez o segredo seja aprender a dosar, usar a paixão como um tempero, e não como um prato principal. Afinal, o que seria da v...

Pequena

Ela gostava de ler. Gostava muito de ler. E a paixão por livros se transformou no sonho de ser escritora.  Então ela começou a rabiscar em qualquer papel que via. Tudo era motivo para escrever, o jogo de futebol, as flores florindo em pleno inverno, a primavera que se aproximava.  Tudo era razão para colocar no papel seus sentimentos e desejos.  Mas por alguma razão desconhecida, um monstro sombrio invadiu seus dias de luz. Foi chegando de mansinho, sem que ela percebesse seus reais interesses, foi se aproximando e ela deixou que ele entrasse. Em sua doce mente, acreditava que suas palavras iluminariam seu coração escuro, e que sua imaginação mostraria para ele um mundo diferente.  Entretanto ele trazia consigo muita dor e mágoa, e se alimentava da alegria que a pequena irradiava de si. Ele rondava seus sonhos transformando toda sua magia e imaginação em um fundo negro onde não havia mais como escrever ou colorir. Por onde passava as cores sumiam e as pa...