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Pra não dizer que eu chorei (06/05/2025)

Foi como assistir a um truque barato de mágica: Você estava aqui — inteiro, entregue, em festa. E, no instante seguinte… poof ! Virou fumaça. Nem bilhete. Nem rodada final. Só um “foi tudo lindo, mas preciso tentar de novo”. (Com alguém que, até ontem, era um capítulo encerrado.) E eu? Fui o ensaio. Fui o rascunho bem escrito que serviu de comparação. A lembrança que talvez você vá negar até pra si mesmo, porque brilha demais pra caber no script que você quer agora. Me bloqueou. Como quem tranca uma porta com medo de que o vento volte. Como se sentir fosse algo contagioso. Perigoso. Incurável. Mas tudo bem. Eu sou dessas memórias que não batem na porta — entram pela rachadura. E um dia, quando a vida estiver silenciosa demais, vai lembrar do som da minha risada, e não vai saber de onde veio. Vai lembrar do cheiro, da paz, e não vai saber de quem. Mas eu saberei. Porque eu estava lá. Presente. Viva. Tão inteira, que talvez tenha sido demais… pra quem só sabe lidar com metades. Então vai...
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Ressaca de nós (03/05/2025)

Acordei com ressaca de nós. Embriagada no que foi existir contigo por um dia. Cada segundo: febre e paz. Você me olhava e era como se soubesse. Como se visse além da pele, da pose, do riso fácil. Você me viu — e eu nem lembrava mais como era ser enxergada assim. Tão inteira, tão sem pressa. Foi como se algo em mim, esquecido, tivesse voltado a respirar. Você me atravessou — urgente e gentil e isso rasgou minha alma. como se abrisse um presente esperado. E agora eu quero mais... Ao seu lado, tudo silenciou. O mundo, minhas urgências, minha defesa. Era casa. Era colo. Era silêncio e som. Era caos. Desvendou meu espírito com conversa e toque. Com as mãos que escorregavam pelas minhas coxas como se soubessem o caminho, com os beijos plantados no meu pescoço como promessa de algo que viria - e me roubaria. Você me fez querer — sem medir, sem medo. Querer teu beijo, tua presença, tua voz ecoando no escuro da sala. Seu cheiro ficou em mim. Não no corpo — na alma. Como é que, em 18 horas, ...

Celebrar você, florescer em mim (27/04/25)

Hoje seria seu aniversário de 43 anos. Já é o quarto aniversário sem você. Tenho a sensação de que está ficando mais leve — não que não doa, mas é como se eu tivesse me acostumado. E é difícil se acostumar com algo tão ruim. Talvez a beleza da vida esteja justamente nisso: nos acostumamos com absolutamente tudo, até com a ausência mais cruel e dolorosa. Eu chorei hoje. Ainda choro quando olho suas fotos, quando escuto seus áudios e ouço sua voz. Pensar que nunca mais sentirei o calor da sua pele, o gosto do seu beijo, o seu cheiro... parte de mim se quebra de novo cada vez que penso nisso. Talvez seja isso que aconteça com o tempo: a gente não esquece, não supera. A ausência continua ali — latente, dolorosa — mas não grita mais. Ou talvez nossos ouvidos tenham se acostumado ao som estridente dos grunhidos da saudade, do mesmo jeito que nossos olhos se acostumam com a ponta do nosso próprio nariz: sem ver, mas sentindo. Hoje vi uma foto sua. Seu olhar estava tão doce... um sorriso de sa...

Amor de domingo

É gostoso ser desejada, claro que é.  Ter gente te querendo, te olhando como se você fosse mágica em forma de mulher. Tem seu charme a liberdade, o frio na barriga de conhecer alguém novo, as noites imprevisíveis. Mas, no fundo, o que eu queria mesmo… era um amor de domingo. Porque o amor de domingo é diferente. Pro amor de domingo eu não preciso de salto alto e batom vermelho — só a camiseta dele e os pés descalços. Amor de domingo não precisa de cenário: o sofá bagunçado, a pia com duas xícaras e o cheiro de café com bolo já bastam. O amor de sábado é puro fogo. Ele invade. Ele te vira do avesso. É risada alta em bar lotado, é pele na pele, é desejo que não espera. O amor de sábado é suor, vinho derramado, sexo com urgência. Ele não pergunta se pode entrar — ele arromba a porta. Mas o amor de domingo... ah, o amor de domingo bate na porta e traz pão quentinho. Ele te olha com calma, escuta cada detalhe bobo do seu dia e ri junto de coisas que nem têm tanta graça assim. Ele te ama...

Quando o amor não volta (12/04/2025)

Tem dias que a saudade dói tanto que parece física. Dói no peito, dói na pele, dói até na respiração. E nesses últimos dias… doeu. E ainda tá doendo. Porque a única certeza que eu tenho é que ele não chega mais. E mesmo assim, eu sigo esperando. Todo dia. Como quem espera um milagre que não vem. Não tem mais beijo de bom dia. Não tem mais ele me irritando pra tirar o sapato quando chega. Não tem mais ele me esperando voltar do trabalho, perguntando como foi meu dia com aquele olhar de quem, no fundo, só queria saber se eu tinha pensado nele. A ausência dele grita no silêncio da casa. No espaço vazio do sofá. Nos pratos a menos na pia. Nos planos que a gente fez e agora estão jogados num canto, como caixas de mudança que nunca vão ser abertas. Não tem mais a gente sonhando junto, e isso… isso mata um pouco mais a cada dia. E o mais cruel é que a vida segue. A gente ri, a gente brinca, a gente finge. Mas em tudo o que eu vivo agora, tem um pensamento que não me larga: “Ele ia amar isso. ...

O Brasil não tem cultura?

Ouvimos isso o tempo todo. Fruto de um velho e cansado complexo de vira-latas, essa ideia de que somos um país menor, sem arte, sem cinema, sem grandeza. Como se o Brasil não tivesse sua própria voz, como se nossa cultura fosse apenas um reflexo pálido de outras, sem brilho próprio. Mas basta olhar com atenção para ver: o Brasil não apenas tem cultura, o Brasil É cultura. Se não tivéssemos cinema, O Pagador de Promessas não teria cruzado o mundo com sua fé e tragédia, conquistando Cannes. Cidade de Deus não teria feito a indústria cinematográfica mundial tremer diante de sua estética feroz. Central do Brasil não teria levado nossa alma para a tela, emocionando o Oscar e eternizando Fernanda Montenegro como uma das maiores atrizes da história. Se não tivéssemos música, João Gilberto não teria reinventado o tempo com sua bossa, Cartola não teria pintado nossa tristeza com poesia, o funk não teria feito o mundo abaixar até o chão. Se não tivéssemos literatura, Machado não teria dissecado ...

Às vezes, a gente quebra quando pode quebrar

Passei anos segurando as pontas. Fiz o que precisava ser feito, aguentei firme, ajeitei minha vida, dei conta de tudo. E agora que as coisas estão finalmente no lugar, minha saúde resolveu desmoronar. Exames normais, médicos sem respostas, e um corpo que parece estar gritando. Mas por quê? Meu irmão disse uma coisa que ficou martelando na minha cabeça: “Às vezes, a gente quebra quando pode quebrar.” E faz sentido. A vida não te dá tempo pra adoecer quando você está no meio da tempestade. Você se mantém de pé porque precisa. E quando, enfim, as águas se acalmam, vem o acerto de contas. O corpo lembra o que a mente tentou esquecer. Isso me fez pensar em quantas vezes a gente se empurra além do limite. Em quantas pessoas vivem assim, na resistência, sem nem perceber que estão adiando a própria pausa. Eu faço terapia, me cuido, e ainda assim, meu corpo está cobrando o preço. E quem não tem esse suporte? Quem luta sozinho? Se tem algo que essa fase me ensinou é que a gente precisa aprender ...

Desabafo... querido diário

Tá todo mundo me perguntando se eu tô bem hoje. E, no automático, eu respondo: tô bem. Bem… rsrs… o que é estar bem de verdade? Porque a sensação que eu tenho é que ninguém nunca está bem. A gente se acostuma com as pancadas da vida, com as inconstâncias da vida. A vida te dá e também te rouba, a vida faz florescer e morrer. E a gente se acostuma com esse movimento. Se isso for estar bem, compreender o vai e vem, eu tô bem. Não sei dizer se aprendi a lidar com a saudade. Não sei dizer se me acostumei ou se efetivamente cresci ao redor dela. Sinto que, nos últimos 30 dias, não faço nada além de sentir. Sentir profundamente a perda, sentir e lembrar. Até nisso você deu um jeito de ser intenso, não é? Me deixou 30 dias para lembrar e sofrer tudo de uma vez. Bom que consigo ser mais produtiva ao longo do ano… hahahaha… você entenderia essa piada. Dizem que a vida é nascer, casar e morrer … Em 30 dias, eu revivo esse ciclo inteiro, com as festas de final de ano no meio e toda a ausência qu...

Depois do Felizes para Sempre (23/01/2025)

Você é o riso que ainda escapa, O eco suave de um sonho que vive. A lembrança que aquece noites frias, O abraço que o vento insiste em trazer. Nosso felizes para sempre, Tão breve e tão eterno, Não teve todas as páginas que merecia, Mas cada linha foi escrita com o infinito. Hoje, olho para o céu e agradeço: Por você, por nós, pelo amor. Por tudo que foi e não seria, E pelo que, em silêncio, sempre será. Ninguém fala do depois, Mas é nele que a verdade se esconde. O depois é o que importa, É onde a saudade mora, E onde o amor nunca morre. O nosso depois foi intenso, Rápido como o fogo, Mas deixou em mim a brasa eterna De querer mais — sempre mais. E mesmo sem páginas para virar, Carrego cada palavra escrita. Você foi meu eterno em um instante, E eu ainda sinto o "para sempre" Em cada batida do meu coração.

Carta de intenções para 2025

O poder de escrever seus sonhos: como uma carta de intenções pode transformar sua vida Já imaginou se todas as suas metas e desejos se tornassem realidade? Parece mágica, mas a verdade é que a clareza e a intenção têm um poder transformador. Escrever uma carta para si mesma, montar um quadro de sonhos ou listar metas concretas é mais do que um exercício motivacional—é um compromisso com a vida que você deseja construir. Quando você coloca no papel suas aspirações, elas deixam de ser apenas pensamentos soltos e se tornam objetivos tangíveis. Você cria um mapa para o seu futuro e, mais do que isso, treina sua mente para enxergar oportunidades onde antes via obstáculos. Vamos dividir esse processo em áreas fundamentais para inspirar você a construir sua própria jornada de transformação: Libertar-se do passado Antes de abrir espaço para o novo, é preciso soltar o que já não faz sentido. Permita-se honrar o que passou, mas não se prenda ao que já não te serve. Seguir em frente não é esquece...

Como continuar quando o tempo congela para quem amamos?

É estranho como o corpo sente antes da mente entender. Acordei no meio da madrugada, gripada, exausta, e antes mesmo de abrir os olhos, meu instinto me fez buscar o Rafael ao meu lado. O espaço vazio na cama pareceu mais frio do que nunca, mas como se entendesse o que eu precisava, meu gato se aproximou, silencioso, e encostou o rostinho na minha mão. Animais são anjos – e às vezes, eles sabem coisas que nem nós conseguimos processar. Talvez seja isso: meu corpo sabe que meu aniversário está chegando. Meu terceiro sem ele. O terceiro para mim, mas o quarto para todos os outros que o amavam. A mãe dele foi a primeira a sentir esse vazio, eu fui a última. A primeira e a última mulher da vida dele. É quase poético, se não fosse tão cruel. E tem mais. Ele sempre falou sobre os 40. Sonhava com essa idade, fazia planos, imaginava como seria. E agora sou eu que chego lá. Eu sigo, enquanto ele ficou para sempre nos 39. O tempo continuou, mas para ele, congelou. Como se eu tivesse ultrapassado ...

Entre o Céu e a Ausência (03/01/2025)

Tem dias que o amor é benção, E sua presença, mesmo na memória, Me envolve como brisa suave, Relembrando o toque da eternidade. Há dias em que sorrio, Por ter tido você em minha história, Por ter caminhado ao seu lado, Por ter conhecido o amor em sua forma mais pura. Mas há dias em que a saudade grita, Como um eco infinito no vazio do meu peito. A dor colossal de não te ver, De não te tocar, De não te ouvir, Me deixa à deriva no oceano do luto. Sinto falta do calor dos seus olhos, Da sua voz que acalmava tempestades, Do seu jeito que fazia o mundo parecer mais fácil. Agora, tudo parece tão frio, tão longe. Meu coração é uma terra dividida, Onde floresce a gratidão E sangra a ausência. Te amar foi um privilégio, Te perder, um abismo. Rafael, onde quer que esteja, Leve contigo meu amor eterno, Minha saudade infinita. E quando a dor for insuportável, Que eu encontre força na lembrança De que, um dia, nos pertencemos.

Mãos Cheias de Saudade (28/12/2024)

Hoje, eu escrevo com o coração em pedaços e as mãos cheias de saudade. São 11 anos desde o dia em que dissemos “sim” um ao outro. Onze anos de um casamento que prometia ser o início de um felizes para sempre . Mas a nossa história foi interrompida. De forma abrupta, cruel, sem sentido. E por mais que eu tente, nunca vou entender.  Rafael, se você estivesse aqui, estaríamos celebrando hoje. Eu consigo imaginar o seu sorriso, aquele meio torto, safado, que me fazia rir sem esforço. A gente abriria uma garrafa de vinho, brindaria aos nossos sonhos e provavelmente discutiríamos sobre as reformas da casa que ainda não terminamos. Você amava planejar, sonhar grande – nossos 90 anos estavam desenhados nas longas caminhadas que fazíamos pra sonhar com o mundo todo que queríamos conhecer.  Mas aqui estou eu, com as mãos vazias, segurando todos os planos que não aconteceram.De olhos fechados vendo o seu olhar, seus gestos e ouvindo a sua risada barulhenta.  O amor que você deixou é...

Às vezes, a força que precisamos vem de onde menos esperamos.

Hoje me peguei imersa em pensamentos. Objetivos, desejos, sonhos... aquele emaranhado de reflexões que, se a gente deixar, preenche cada canto da mente. É engraçado como, às vezes, a vida parece te desafiar a rever tudo, a questionar o que realmente faz sentido. E foi no meio desse turbilhão que algo inesperado aconteceu. Recebi uma mensagem, um feedback carinhoso de uma ex-cliente. Era daquelas palavras que aquecem o peito e trazem um sorriso sem a gente nem perceber. Naquele instante, senti uma onda de gratidão. O que parecia um simples retorno de alguém foi muito mais: foi um lembrete. Um sinal de que, mesmo nas dúvidas e incertezas, estamos deixando uma marca, inspirando, tocando vidas. E isso, ah, isso deu força. Me fez perceber que, muitas vezes, a motivação não está em alcançar o impossível, mas em reconhecer o impacto que já estamos causando, mesmo que de forma sutil. Afinal, o caminho é tão importante quanto a chegada, e às vezes a força que precisamos para continuar surge qua...

Relacionamento complicado é aquele que a gente se acostuma a complicar.

Relacionamentos são complicados. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi isso. Parece uma frase pronta, que a gente solta sem pensar, como se fosse normal. Mas… será que é? A verdade é que, por mais que a gente repita, não era pra ser complicado. Amar não devia ser uma equação cheia de incógnitas. Quando começamos a tratar o amor como um jogo, onde se ganha ou se perde, ele já está fadado a se tornar uma batalha, e ninguém vence. Não era pra ser assim. Era pra ser simples, orgânico. Era pra fluir com a leveza de quem não tem nada a provar. Mas aí, entram os medos, os joguinhos, as estratégias. A gente tenta controlar, prever, manipular. E o que era pra ser honesto, vira uma competição. O carinho se perde em meio à possessão. O respeito é substituído por controle. Relacionamento de verdade não é sobre ganhar terreno no coração do outro, é sobre dividir espaço. É amizade, parceria, transparência. É acordar e saber que você pode ser você, sem medo de não ser o bastante. E se a gente precis...

Ficar (2024)

Obrigada por escolher ficar Mesmo depois de invadir meu íntimo, E com coragem olhar meus olhos, Mesmo quando eles mostram o caos. Obrigada por ficar, Quando o meu pior se revela, E as falhas se erguem sem disfarce, Sem máscaras, sem filtros. Escolher ficar, É um ato de entrega, É um presente raro, É amor sem amarras. Sou intensa, eu sei, E talvez o meu ritmo seja alto, Talvez meu caos assuste, Obrigada por não tentar me conter. Me colocaram em caixas, Tentaram me limitar, Mas eu luto contra essas paredes, Grito que não posso me encaixar.  Obrigada por me escolher e me enxergar.   Mesmo sabendo a verdade: Que muitas vezes nem eu mesma fico. Nem eu conheço meus abismos, E nem sempre consigo ser minha própria escolha... E, no fundo, O que eu busco É alguém que veja o meu tudo E diga: "Eu fico." Então, obrigada por me olhar, Encarar meus lados sombrios, Me conhecer, E escolher ficar.

Paixão

"Paixão: a droga que a gente quer provar sempre mais" A paixão é uma daquelas sensações que a gente jura que controla, mas que, na verdade, domina a gente sem piedade. Quando ela chega, é como uma onda avassaladora que te engole de vez, te toma o ar, o controle, a paz. O frio na barriga? É só o começo. Cada toque, cada olhar, cada suspiro parece fazer o mundo girar de um jeito diferente, como se tudo fosse urgente, como se o tempo se esticasse e encolhesse ao mesmo tempo. E quando você prova dessa loucura uma vez, parece que o corpo pede mais. Mais adrenalina, mais desejo, mais dessa euforia que te faz esquecer o resto do mundo. Porque no meio do caos, da confusão que a paixão traz, há uma doçura quase viciante. É uma droga, sim, daquelas que te consomem e, ao mesmo tempo, te fazem querer sentir o gosto dela de novo e de novo. E mesmo sabendo o quanto ela pode ser devastadora, a gente se rende. Afinal, tem coisa melhor do que viver no limite do imprevisível, do desejo, do ago...

A paixão é a minha droga

“Paixão: a droga que nos faz flutuar, mas sempre cobra o preço da queda.”  Existe algo mais viciante do que a paixão? Aquele estado de euforia em que a vida parece um filme francês, onde cada toque é um terremoto e cada beijo é um espetáculo pirotécnico. Quando estamos apaixonados, somos verdadeiros viciados – corações acelerados, noites insones e aquela obsessão deliciosa que nos faz querer mais, sempre mais.  Mas como toda droga poderosa, a paixão vem com seus efeitos colaterais. Ela nos deixa irracionais, vulneráveis, capazes de fazer as maiores loucuras sem pensar duas vezes. É aí que mora o perigo: no momento em que a intensidade vira dependência. Passamos a viver de picos, ignorando que o tombo pode ser inevitável. E, ah, quando ele vem, dói mais do que qualquer abstinência.  Será que conseguimos viver sem essa droga? Talvez sim, talvez não. Talvez o segredo seja aprender a dosar, usar a paixão como um tempero, e não como um prato principal. Afinal, o que seria da v...

Por que nos apaixonamos?

O que faz o coração parar diante de alguém e seguir batendo indiferente por outro? Existe uma lógica por trás da química do amor ou estamos à mercê do mistério? Por que nos apaixonamos por uma pessoa e por outra não? O que acontece dentro de nós para que uma simples troca de olhares acenda faíscas, enquanto com outro alguém não passa de uma conversa agradável? A verdade é que a paixão é um mistério envolto em química, biologia, e, claro, aquele toque de inexplicável. Nossos corpos são movidos por reações que, muitas vezes, acontecem sem que a gente perceba. Sabe quando você sente aquela tremedeira nas pernas, a mão começa a suar e o coração dispara só porque aquela pessoa apareceu? Pois é, isso é o seu corpo reagindo a um coquetel de neurotransmissores, como dopamina e adrenalina, que disparam sempre que a gente encontra alguém que mexe com o nosso emocional. É quase como se o nosso cérebro criasse uma explosão interna, ativando todas as áreas relacionadas ao desejo e à atração. E essa...

Escolhas Profundas (10/2024)

Há um tipo raro de gratidão, um reconhecimento divino e profundo, por quem escolhe ficar após invadir cada canto, ver o caos e o encanto, sem desviar o olhar. É um amor sincero, talvez o mais verdadeiro, aquele que não foge diante do erro, que não tenta moldar ou conter, mas aceita, com coragem, a intensidade de ser. E ser intensa é quase uma sina, um traço grande demais para se carregar. Então tentam me encaixar em caixas pequenas, temendo o caos que possa devorar. São as expectativas que me cercam, tentativas de limitar o que em mim não tem fronteira. E então, a grande dúvida surge,  será que consigo lidar com esse mar revolto? Será que eu mesma me escolho, conhecendo meus lados sombrios e claros, e aceito ser minha própria companhia? Porque esperamos tanto ser escolhidas, mas será que nos escolhemos primeiro? Será que olho para mim e consigo dizer, “tá tudo bem, eu fico com você”? Talvez a chave seja essa, encarar meus próprios abismos, e aprender, um passo de cada vez, a ser mi...