Pular para o conteúdo principal

Alma Pronta?

Eu tenho gostado de estar solteira. A liberdade de não depender de ninguém, o silêncio da casa só minha, o poder de fazer planos sem amarras. Tem uma beleza nisso, uma sensação de controle e independência que me preenche. Mas, ultimamente, tem surgido uma brecha entre esses momentos. Não é que eu me sinta vazia, mas confesso que sinto falta de algo mais.

Não é qualquer coisa, nem qualquer pessoa. É a presença que traz conforto no fim de um dia exaustivo. O abraço que envolve, o olhar que entende sem precisar de palavras. É a companhia no domingo preguiçoso, a voz que ecoa na cozinha enquanto o café ferve. A partilha, o simples “como foi seu dia?”, e a sensação de que, por mais turbulento que o mundo lá fora esteja, aqui dentro, com alguém, tudo fica mais suave.

Eu sei que o amor não se apressa, não se procura de forma desesperada. Ele chega como quem não quer nada, como um animal faminto que encontra abrigo. E, no fundo, eu sei que minha porta está aberta. Solteira, sem pressa, mas com a alma pronta.

Comentários

Mais Vistas

Só um minuto (05/2025)

Queria pedir, sem alarde: Mundo, para. Só um minuto. Desliga os alertas, os prazos, os sons. Esquece os boletos, as mensagens não respondidas, os “tem que”. Só um minuto. Pra eu sentar. Respirar. Sentir meu próprio corpo sem correria. Ouvir meu pensamento sem ruído. Ficar quieta — sem culpa. Porque tem dias que viver parece atravessar correnteza. E tudo em mim grita por ar. Por pausa. Por um intervalo entre o caos e o próximo compromisso. Então, por favor... Mundo, só um minuto. Eu prometo que volto. Mais inteira. Mais eu.

A cobra (01/07/25)

Essa noite tive um sonho muito marcante. Eu estava no meio de uma plantação, tirando fotos — como se fosse para algo relacionado ao ocultismo, rituais, espiritualidade. Era um lugar com muita água ao redor. Minha família também estava lá. Enquanto isso, acontecia uma apresentação de alguma coisa (não lembro o quê), e ao lado havia uma casinha com computador. Meu irmão estava dentro dessa casinha, jogando, enquanto o restante da família estava do lado de fora. Na água, de repente, começaram a surgir muitas cobras. Eram enormes. E perigosas. Daquelas que engolem a gente inteiro. Toda hora aparecia uma e a gente precisava fugir, espantar, correr. Eu estava conversando com minha prima Ana Flávia, quando, do nada, uma dessas cobras imensas engoliu ela inteira. Fiquei em choque. Peguei a Maria Eduarda pela mão e gritei: “A cobra comeu a Ana Flávia!” Na hora que olhamos, vimos que a cobra estava com vários corpos enrolados. Era assustador. ⸻ 🧠 O Significado Esse sonho, apesar de intenso, tra...

Café com Queijo (25/06/25)

Recebi esse poema como presente… E que presente. Versos que me vestem, me revelam e, de alguma forma, me acolhem. Tem algo de mágico em ser enxergada assim, com tanta leveza e encanto. Palavras que tocam onde o toque não alcança. 🖤