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A Rotina

Sou uma alma inquieta que precisa de novidade para respirar. O novo me fascina, me intriga, me impulsiona. 

A rotina, com sua previsibilidade, me enfada, como um filme repetido que já não desperta interesse. O mesmo abraço, as mesmas frases, os mesmos gestos... tudo isso me afasta. Odeio a monotonia do conhecido. O previsível é o veneno que intoxica minha alma.

Desafios, mesmo que inventados, são o tempero da vida. Preciso ser cativada todos os dias. Preciso do frescor que só a surpresa traz. Me conquiste hoje, amanhã, sempre. Descubra novas formas de me ver, de me tocar, de me fazer sorrir. Encante-me e, se necessário, até me desencante, mas me surpreenda.

Não sei viver no estático, no comum. Para mim, viver é movimento, é transformação, é arte contínua de se recriar. Viver é pegar a mesmice e, de algum jeito, torná-la extraordinária. É tecer o brilho do inesperado no tecido do cotidiano, e fazer da rotina uma dança constante de reinvenção.

A rotina, por si só, não precisa ser chata. Com o tempero certo, com a pimenta da criatividade, ela se transforma. A previsibilidade se dissolve quando você adiciona a beleza dos detalhes, as pequenas surpresas que fazem tudo parecer novo de novo. E, assim, o mesmo de sempre ganha uma nova camada, um sabor diferente, sem deixar de ser rotina.

No fim das contas, tudo isso é um exercício de superação. É sobre se auto-surpreender, se desafiar, se redescobrir – e, nessa dança, se apaixonar pela vida, todos os dias.


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