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Mostrando postagens de 2025

Caos na minha cama (17/11/2025)

Na minha cama mora um caos delicioso. Uma desordem viva, pulsante, que não segue manual nem protocolo: e ainda bem. As cobertas jogadas pelo chão carregam o rastro do que fomos: urgentes, famintos, desobedientes. O cheiro quente do quarto denuncia o que a boca não confessa. As risadas ainda vibram no ar como se tivessem sido presas nas paredes. E os corpos… ah, os corpos. Eles se encontram como quem volta pra casa depois de anos perdida. Se enroscam, se provocam, se reconhecem na pele, no toque, no ritmo descompassado da respiração. Tem suor escorrendo, tem cansaço bom que pesa nos músculos, tem aquela exaustão que só existe quando dois mundos colidem sem medo de deixar marca. E depois da explosão, vem o silêncio. Aquele silêncio que não é vazio, é cheio. Cheio de respirações curtas, pensamentos bagunçados, corações desalinhados e vozes internas que sussurram verdades que não ousamos dizer em voz alta . Porque a minha cama é isso: um campo de batalha e um refúgio, um caos e um ninho, u...

Intervalo (09/2025)

Às vezes parece que é sobre o outro,  mas no fundo acho que é sobre mim.  Sobre o que restou de mim entre o que fui e o que quero ser.  O passado me acena com uma lembrança bonita,  um perfume antigo,  uma história que quase foi.  O presente me chama pra dançar,  sem prometer nada,  só o agora, só o que vibra.  E eu,  no meio,  tentando decifrar o que é saudade  e o que é vontade. É como se eu estivesse em um cruzamento  onde o tempo se dobra.  De um lado, a menina que sonhava.  Do outro, a mulher que cansou de sonhar.  Eu olho pros dois caminhos e ambos me parecem familiares.  Os dois têm cheiro de casa,  e ao mesmo tempo,  nenhum tem. Tem algo em mim que quer ir,  e outro tanto que quer ficar.  E o pior é que não sei se quero ir com alguém,  ou se quero só ir.  Não sei se quero ser escolhida,  ou se é hora de escolher.  Às vezes penso que quero o conforto do que...

Eu não pedi nada (11/11/2025)

Hoje, se eu tivesse que escolher uma palavra, seria confusa . Não daquela confusão barulhenta e visível, mas daquela que se instala em silêncio, que faz a alma tropeçar nos próprios passos e o coração querer parar no meio do caminho. Acho que você me empurrou e me puxou tantas vezes que perdi o compasso. Fiquei ali, no meio, tentando entender se devia avançar ou recuar. Suas palavras me empurram pra longe, seus gestos me puxam pra perto. E eu, que estava tão serena, tão entregue, tão confiante de que podia fechar os olhos e simplesmente sentir... agora sinto medo. Um medo feroz. Não de me machucar... já aprendi a costurar minhas feridas com a linha fina da experiência, mas medo de estar entregando muito. De estar sufocando. De estar passando do limite. De estar forçando algo que talvez nem exista. De estar tirando a sua liberdade. Talvez eu realmente sinta demais. Talvez o que pra mim é entrega, pra você soe como excesso. Eu falo demais, gozo demais, quero demais, queimo demais. E você...

Quase... (10/11/2025)

É um quase amor. Desses que te deixam suspensa no ar, sem chão, sem fôlego. Um quase que engana bem, que se disfarça de amor inteiro, que te olha nos olhos como se fosse ficar, mas nunca fica. É o tipo de amor que promete o mergulho, mas seca a piscina quando você pula. É uma dança entre o calor e o frio. Ele se aproxima o bastante pra te fazer acreditar, pra te aquecer, pra te lembrar de como é bom ser desejada. E, no segundo seguinte, ele recua. Você fica lá, tremendo, com frio, tentando entender o que aconteceu. Tentando decifrar o que foi que você disse, o que fez errado, onde apertou demais. Mas não é você. É o quase. O quase sempre parece amor, porque vem com todos os gestos, todas as palavras certas, todas as pequenas provas que fazem o coração acreditar. O problema é que o quase nunca sustenta. O quase só existe enquanto te observa de longe, enquanto é desejo, enquanto é admiração. O quase te quer enquanto é possível fugir. Você tenta se convencer de que vale a pena, que talvez...

Arco-íris (02/11/25)

Há um instante depois da tormenta em que o mundo respira fundo, e tudo parece suspenso nem tristeza, nem alívio, só o eco do que foi levado. A chuva ainda cai, fina, quase tímida, mas já há luz atravessando as frestas, uma claridade que não pede licença, invade o cinza e o transforma em cor. O arco se ergue no céu como lembrança, um gesto de reconciliação entre o que fica e o que parte. É a despedida que sorri, a ausência que se pinta de presença. Há beleza nessa contradição a luz precisa da sombra para existir, a cor nasce do que se desfaz, e o milagre é breve, como tudo que vale. Às vezes olho pro alto e penso: talvez o amor seja isso, uma luz que ainda atravessa a chuva, mesmo quando o sol já se foi. E nesse instante tão pequeno, tão imenso meu mundo parece inteiro de novo, como se do céu você encontrasse um jeito de me amar.

Um vinho em Gramado...

Tem algo de quase sagrado nas viagens entre amigas. A mala vai cheia de roupas que a gente nem sabe se vai usar, mas o que realmente importa é o espaço que sobra: pra gargalhar até doer a barriga, pra confidências no meio da estrada, pra silêncios confortáveis olhando a paisagem passar. Com amigas, cada esquina vira descoberta. Um vinho em Canela vira terapia. Um café em Gramado vira ritual. E o mundo parece mais leve, mais bonito, mais possível. É que amizade entre mulheres tem esse poder quase mágico: o de lembrar a gente quem somos quando o resto do mundo tenta nos confundir. Elas nos devolvem o riso, a coragem, o brilho. Nos lembram que a vida não é só sobre responsabilidades é também sobre viver. Viajar com amigas é se permitir ser outra versão de si mesma. Mais livre, mais boba, mais viva. É redescobrir que felicidade compartilhada é duas vezes mais intensa e que há momentos que, sozinhas, jamais teriam o mesmo sabor. Porque tem coisa que só amiga entende. Tem amor que só amizade...

A profecia (auto)realizável

Sabe aquela história de tentar evitar tanto uma coisa, que no fim é exatamente isso que faz ela acontecer? Pois é. O sociólogo Robert K. Merton deu nome pra esse enredo que a vida adora encenar: profecia autorrealizável. Em resumo, é quando a gente acredita tanto em algo — mesmo que falso — e age de tal forma pra evitá-lo, que acaba transformando a própria crença em realidade. Mas Merton, coitado, talvez não tenha imaginado que um dia essa teoria viraria manual de instruções da vida emocional moderna. Porque, convenhamos, a gente vive criando catástrofes antes delas existirem. Fazendo cálculos emocionais pra que nada saia do controle — e, ironicamente, é isso que nos tira do eixo. A gente se antecipa. Quer prever o imprevisível. Quer se proteger do que nem chegou. E nessa ânsia de escapar da dor, de evitar o fim, a gente constrói com as próprias mãos o exato caminho até ele: É o garoto que tem tanto medo de ser traído que começa a desconfiar de tudo, vasculhar sinais, procurar ausência...

Luto e amor: dá pra caber os dois? (03/01/2025)

Luto é uma daquelas palavras que carregam peso demais pra caber num único significado. Quem já perdeu alguém sabe: não existe “seguir em frente”, como as pessoas gostam de dizer. Existe, no máximo, seguir . Com a saudade sentada ao lado, quieta, mas sempre ali. Se escondendo nas músicas, nas lembranças, nas coisas simples do dia… até nas novas experiências, que seriam ainda mais bonitas se aquela pessoa estivesse aqui. Mas chega uma hora em que o coração cansa de caminhar sozinho. Cansa de andar à deriva, só com a saudade fazendo companhia. E começa a desejar outro passo ao lado — um novo compasso, um novo desenho, uma nova história. É aí que o luto bagunça tudo. Porque como é que se abre espaço pra alguém novo, quando o amor antigo ainda mora dentro? Como é que se permite sentir, sem achar que está traindo uma memória? O mundo adora soltar conselhos prontos — e inúteis. “Segue o coração”, dizem. Como se fosse simples. Mas ninguém fala que, às vezes, o coração está em guerra. Metade pr...

Caber (01/11/25)

houve um lugar — e não foi metáfora, foi morada. um lugar onde eu cabia inteira, com todas as minhas camadas e contradições. onde minha intensidade não era um exagero a ser contido, mas um incêndio a ser admirado. onde o som do meu caos não incomodava, apenas se misturava com o barulho bom da vida compartilhada. um lugar que não pedia que eu diminuísse o tom, que não me olhava com susto quando eu sentia demais. ali, eu não precisava aparar as bordas, não precisava ensaiar a leveza ou medir a entrega. eu podia ser o que sou — exagero, urgência, descompasso. e nada disso soava demais. o amor não era performance, era espaço. um espaço que se alargava pra me caber. talvez seja isso que eu ande procurando, mesmo quando disfarço de outros nomes — reciprocidade, maturidade, equilíbrio. o que eu quero, no fundo, é aquele lugar onde o “demais” vira medida certa, onde a “intensidade” encontra respiro. não quero mais caber pela metade. quero de novo sentir que posso existir inteira, sem susto, se...

Contrassenso (29/10/25)

Desde a hora em que acordei, rolo de um lado pro outro na cama. Inquieta.  Procurando o calor que estava aqui e não está mais mas deixou marca em tudo. No ar que me falta, lembrando das suas mãos. Na voz que surge, de repente, dentro da minha cabeça, dizendo:  “eu tive uma ideia.” E eu rio, sozinha  não pelo que você disse, mas como disse e o que significa. Porque às vezes é isso que a saudade faz: não devolve a pessoa, mas devolve o gesto, o tom, o jeito. O lençol ainda guarda o desenho do seu corpo, como se o tecido tivesse aprendido o contorno da sua ausência. E eu, tonta, continuo procurando o que sei que não está  mas que ficou em mim de algum outro jeito. Você é vício. É urgência. É calma. Um contrassenso que me desorganiza e me centra  ao mesmo tempo. Me quebra e me conserta…  tantas vezes… que já nem consigo contar. Talvez amar seja isso: aceitar ser ruína e reconstrução no mesmo abraço. Entender que algumas presenças, mesmo quando partem, ficam...

A calma que arde (20/10/25)

Tem algo novo acontecendo dentro de mim. Não explode. Não atropela. Não pede socorro. Só pulsa… com uma calma aquietante mas com uma intensidade que há muito tempo eu não sentia.  É como se, depois de tanto tempo anestesiada, eu tivesse finalmente reencontrado um sentir que é só meu.  E ele pulsa.  Com presença, com leveza, com coragem.  E, contrariando o senso comum,  o mais bonito disso tudo  é que esse sentimento não me sequestrou ele me devolveu pra mim. Não me interessa se durará uma semana ou uma década.  Não estou calculando as possibilidades de queda, nem construindo um plano de fuga.  Só estou mergulhando... de olhos fechados.  E se doer?  Bom… Pelo menos eu senti.  Porque… tem algo nele que me dá paz.  Me traz de volta pra casa. Me devolve pra mim. Não é paz de promessa eterna.  Mas paz de presença verdadeira.  Não sei se é o jeito que ele me escuta.  Ou o modo como ele não finge nada.  Só sei...

Flores que nascem no entulho (11/10/25)

Hoje percebi que meus passos já conhecem rotas que eu nem planejo.  Nos cantos da memória, cães latem lembranças: vozes e risos que desapareceram. Mas aprendi a caminhar com o silêncio ao meu lado a escutá-lo sem medo, sem pressa. Dói, sim como um espinho em carne viva  mas também me ensina quem eu sou quando nada mais resta para me definir. Cultivei uma nova intimidade comigo: acordar sem buscar outro olhar, dormir sem esperar abraço, escrever sem esperar aplauso. Porque há vida no que resta.  E quando menos se espera… flores nascem no entulho da perda. E embora ferida, sigo inteira pois cada gemido que escapa é um ato de liberdade. Meu presente é nossa respiração: lenta, ofegante, orgulhosa. E é por ela que eu existo  hoje, com todas as minhas cicatrizes.

16/02/25

 

Ao redor do luto…

Dizem que o luto não acaba, a vida é que cresce ao redor dele. É como se fosse uma raiz invisível: está sempre ali, firme, silenciosa, mas a gente aprende a florescer mesmo assim. Hoje vi uma foto do Rafa, Duda e eu. A gente era tão lindo junto… sabe aquela família que combina? Os sorrisos, a mão dele na minha cintura. Ela na nossa frente… Como se a vida tivesse congelado em um instante perfeito. Às vezes eu me pego olhando essas fotos e pensando: será que a gente sabia, naquele momento, o quanto era feliz? Ou a gente só descobre depois, quando já não dá pra voltar? Outro dia olhei a primavera aqui de casa. Ela tava tão pequena quando ele se foi… hoje tá enorme. A amoreira nem dava amoras, e eu ainda não tinha plantado as paineras ou a jabuticabeira. E cada planta aqui carrega um pedaço da nossa história: algumas ele conheceu, outras só eu e a Duda vimos crescer. A natureza é uma testemunha do tempo — cresce sem pedir licença, mesmo quando a gente sente que ficou parada no mesmo ponto ...

A falta de controle

Você já parou pra pensar como a vida muda seu curso em um segundo? Do mais absoluto NADA. Um instante antes você está dentro da rotina, acreditando que tem um roteiro em mãos, que sabe a próxima cena. E, de repente, sem aviso, sem preparação: BOOMM! Tudo se desfaz. Você precisa recomeçar, refazer, assimilar… do nada. Um acidente, um adeus, uma doença. Do nada. E é aí que a vida nos revela sua crueldade e sua beleza: ela não pede licença, não dá prévia, não negocia. Ela simplesmente acontece. E, ainda assim, a gente insiste em acreditar que tem controle… e sofre pela ausência dele, como se essa ausência fosse falha, quando na verdade é a regra do jogo. A falta de controle é a lembrança mais cruel e mais bela da existência. Cruel porque nos arranca a ilusão de sermos donos do tempo, dos outros, até de nós mesmos. Bela porque, ao despir-nos dessa ilusão, nos devolve a verdade mais antiga: tudo é instante.  Heráclito já dizia que “ninguém entra duas vezes no mesmo rio, porque as águas ...

Gozar é um Ato Político

O prazer feminino é um ato político. Sempre foi. E, em certa medida, ainda é algo negado, silenciado, tratado como tabu.  Nosso corpo foi historicamente sexualizado: mas não para nós!!! Querem que sejamos objeto do desejo alheio, nunca donas do nosso próprio prazer.  Porque prazer é liberdade. E liberdade assusta. Não nos querem livres. Não nos querem sensuais para nós mesmas, não nos querem conscientes da potência que habita entre nossas pernas e pulsa em nossa pele.  Querem corpos domesticados, úteis, obedientes. Tão coisas que não importa se sentimos, importa apenas que sirvamos.  Podem nos bater, nos humilhar, nos controlar, nos exigir. O prazer feminino, para eles, é perigoso demais: porque rompe a corrente, porque revela um poder que não se deixa dominar. Mas livres somos. Apesar de tudo. Somos donas de nós, ainda que tenham tentado nos roubar isso de todas as formas. Aprendemos a transformar nosso corpo em território de luta, em bandeira de guerra, mas também ...

Por enquanto, é aqui que quero estar... (09/09/2025)

É tão engraçado quando você conhece alguém com quem quer falar o tempo todo. Parece que tudo pode virar pauta, piada, filosofia.  Ontem eu dormi escutando o Ministro Flávio Dino dando seu voto, mas a verdade é que eu queria ter dormido, de novo, com a sua voz, contando qualquer coisa que minha mente nem ouvia mais... só sentia. Eu confesso: estou assustada. Eu não queria e não esperava... nem as horas de conversa que me atravessam e depois se perdem sem eu conseguir destrinchar, nem o sexo que me rouba a alma e o ar. Eu não sei o que estamos fazendo. É estranho não querer me comprometer com nada e, ao mesmo tempo, querer tanto me enroscar em você. Há quem diga que estou com medo, há quem diga que estou fugindo. Eu não me sinto assim, mas também não sei dizer o que é que estamos construindo. Só sei que com você o tempo para, gira de outro jeito... Minha ansiedade, minha velha mania de querer fugir, simplesmente desaparecem, e eu só quero ficar. Ficar sentindo suas mãos no meu corpo,...

Eu quero encontrar: não vencer. (2025)

O amor, hoje, parece ter virado uma disputa de estratégias. Quem conquista mais rápido, quem joga melhor, quem calcula o silêncio ou a ausência para manter o outro preso no laço. Como disse Byung-Chul Han, vivemos em uma sociedade da performance, até no amor: tudo precisa ser prova, resultado, vitória. Mas eu não quero isso. Não quero manuais de conquista, nem joguinhos de poder. Não quero ser convencida, nem convencer alguém pela insistência. Porque o amor que nasce da disputa é frágil: ele cansa, ele cobra, ele pesa. Clarice Lispector já lembrava que “o que me tranquiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta”, e é disso que falo: não quero um amor fabricado, quero um amor que existe por si, com precisão e entrega. O que eu busco é diferente. Eu quero encontrar: não vencer. Quero aquele instante em que duas almas se reconhecem e tudo faz sentido, sem esforço, sem barganha, sem currículo de qualidades a apresentar. Roland Barthes dizia que “o enamorado espera”: e e...

Não quero ser conquistada (29/08/2025)

Eu não quero ser convencida. Quero me apaixonar. Quero encontrar um lugar de onde não queira sair, um espaço onde o coração se acomode sem esforço, onde o silêncio seja tão confortável quanto o riso. Não quero ser convencida, nem conquistada. Também não quero convencer, nem conquistar. Não é sobre ganhar, perder ou provar algo a alguém. Quero simplesmente encontrar. Como duas almas que se reconhecem num olhar, como se já tivessem caminhado lado a lado em outras vidas, e de repente se lembrassem: “ah, era você…” Porque amor, pra mim, não precisa de manual. É encontro, não insistência. É abrigo, não disputa. É o lugar em que se pode ser inteiro — e ainda assim ser amado.

Ep. 17 - Tô cansada demais pra amar alguém que dá trabalho!

“Relacionamento maduro exige diálogo.” Ok. Mas você já tentou ter diálogo depois de 12 horas de trabalho, 3 boletos vencidos e uma crise existencial por semana? Gata… eu tô exausta. Se for pra amar, que seja com leveza. Com risada, cafuné e silêncio confortável. Sem DR toda semana. Sem terapia disfarçada de conversa. Porque o que eu quero mesmo é  paz … (…e alguém que traga açaí, não crise.) 👉🏽 Se identificou? Então comenta aqui: você quer um amor com profundidade ou com tranquilidade? Ou ainda acredita que dá pra ter os dois? OUÇA O EPISÓDIO COMPLETO AQUI #DepoisDos30 #CansadaMasApaixonada #QueroPazNãoDR #RelacionamentoLeve #SóEntreNós #EmpodereTodoDia 

🧠 Apaguei da Nuvem, Mas Não da Memória

  🧠 Apaguei da Nuvem, Mas Não da Memória Eu tive um sonho. Desses que misturam guerra, nudez e um certo desespero tecnológico digno de plot de série distópica. Estávamos eu e André no meio de uma guerra religiosa. Literalmente no front, como se fôssemos personagens de um filme de ação onde a fé é a arma e o amor o escudo — ou pelo menos era pra ser. Do nada, eu largo a metralhadora metafórica e vou dar uma entrevista. Uma entrevista, veja bem, com a nobre missão de conseguir pegar um trem. Mas não um trem qualquer. Um trem... num computador. Isso mesmo. Um trem digital. Sento ali, na frente do PC de um sujeito estranho, e ao invés de fazer o que precisava, o que faço? Faço login no meu e-mail e — não satisfeita — salvo no computador dele fotos minhas com pouquíssima roupa. (Começa aí o mistério: de onde isso saiu? Por que eu salvei? Por que no PC dele? Por que eu tenho essas fotos em primeiro lugar? Cadê a terapia pra sonhar comigo?) E como não bastasse essa exposição toda, de rep...

💤 Sonho: “A perseguição e o salto sobre as telhas”

 💤 Sonho: “A perseguição e o salto sobre as telhas” Eu não lembro como começou. Só sei que, de repente, eu estava num lugar que parecia cenário de videogame de guerra: construções quebradas, sensação de perigo no ar, tensão a cada passo. E o mais estranho: uma cliente minha, a Helena, estava lá… com uma arma. Uma arma de verdade. E ela queria atirar. Não em mim, diretamente, mas no grupo que estava comigo. Estavam comigo meu irmão, a Maria Eduarda, um homem com uma criança, e outras pessoas que conheço, mas não consigo lembrar agora. A gente corria, se escondia, tentava escapar. De repente, vimos uma pilha de telhas formando uma espécie de paredão. Gritei: “Vamos nos esconder atrás das telhas!” E fomos. Helena nos procurava, gritava “Cadê vocês?”, atirava pro alto, e a tensão aumentava. Eu estava mais à frente do grupo, e gritei: “Por que vocês não avançam nela? Ela só tem um tiro e nós somos muitos!”. Nesse momento, ela me ouviu. Virou lentamente e disse, com um olhar cortante: “...

🌒 A Contradição do Luto

 🌒  A Contradição do Luto Eu tive um sonho. Estava em um evento qualquer, desses que juntam gente que a gente já viu em outras vidas — ou em versões antigas da nossa própria. De longe, reconheci alguns rostos familiares… não tão familiares assim. Gente do meu passado. Gente que, por delicadeza ou por auto-preservação, eu preferi não cumprimentar. Estava com uma amiga, dessas que sempre parecem estar do nosso lado quando a vida aperta ou confunde. Fiquei ali, na minha, observando sem me aproximar. Mas, na saída, vi uma senhora sozinha — aquela que, mesmo cercada de pessoas que me torcem o nariz, sempre me tratou com gentileza. Me aproximei. Trocamos palavras doces e melancólicas. Algo sobre saudade. Algo que ela sentia. Algo que eu entendia bem demais. Foi então que outra voz apareceu, dura como um tropeço na alma. Disse que não fazia sentido aquela tristeza, que quem vive dizendo que tem uma vida maravilhosa não deveria falar de dor, nem de vazio. E eu, sem raiva, só com a ve...

🌙 Sonhei que minha vizinha pegou uma arma

 🌙  Sonhei que minha vizinha pegou uma arma Estava na varanda da minha casa, quando ouvi a confusão. Meus cachorros latiam desesperadamente, os dela também. Um alvoroço de sons, instintos e tensão. Olhei para o lado e vi: a casa da minha vizinha havia sido invadida. Antes que eu pudesse pensar em qualquer reação, ela surgiu — decidida, firme, com uma arma nas mãos. Apontou para os invasores e os colocou para correr. Foi tudo muito rápido, mas também muito intenso. O barulho, o medo, o cheiro do perigo ainda estavam no ar quando tudo terminou. Depois que os cachorros se acalmaram e o silêncio voltou com gosto amargo, fui até a casa dela. Queria ver como estava, se precisava de algo, oferecer companhia. Ela me recebeu com os olhos ainda agitados, mas já sem o susto estampado no rosto. Estava chateada. Triste, mesmo. Disse que não queria ter usado a arma, que aquilo a feria por dentro. Mas, ao mesmo tempo, sabia que não tinha outra alternativa. Fiquei pensando no peso que é ter ...

Por que ando sonhando tanto?

  Por que ando sonhando tanto? Já se perguntou isso? Porque eu sim. E a resposta não é única — na verdade, é quase um combo emocional, mental e físico. Bora destrinchar: 🧠  1. Mente inquieta Gente que pensa demais, sente demais, cria demais... também sonha demais. Se o seu cérebro não desliga nem quando você deita, é provável que ele continue trabalhando enquanto você dorme. Processando tudo. Misturando tudo. E devolvendo isso em forma de sonho. 💭  2. Emoções em ebulição Sonhar é uma das formas que o inconsciente encontra pra lidar com aquilo que a gente não dá conta acordada. Mudanças, conflitos, saudades, desejos escondidos… Tudo isso pode virar roteiro onírico. 🌙  3. Sono leve, consciência afiada Se você acorda no meio da noite, cochila e desperta, ou sente que o sono anda raso, é mais fácil lembrar dos sonhos. Não é que você sonha mais — é que você fica mais perto da superfície onde os sonhos podem ser pescados. 🔮  4. Intuição ligada no modo turbo Tem ge...

A cobra (01/07/25)

Essa noite tive um sonho muito marcante. Eu estava no meio de uma plantação, tirando fotos — como se fosse para algo relacionado ao ocultismo, rituais, espiritualidade. Era um lugar com muita água ao redor. Minha família também estava lá. Enquanto isso, acontecia uma apresentação de alguma coisa (não lembro o quê), e ao lado havia uma casinha com computador. Meu irmão estava dentro dessa casinha, jogando, enquanto o restante da família estava do lado de fora. Na água, de repente, começaram a surgir muitas cobras. Eram enormes. E perigosas. Daquelas que engolem a gente inteiro. Toda hora aparecia uma e a gente precisava fugir, espantar, correr. Eu estava conversando com minha prima Ana Flávia, quando, do nada, uma dessas cobras imensas engoliu ela inteira. Fiquei em choque. Peguei a Maria Eduarda pela mão e gritei: “A cobra comeu a Ana Flávia!” Na hora que olhamos, vimos que a cobra estava com vários corpos enrolados. Era assustador. ⸻ 🧠 O Significado Esse sonho, apesar de intenso, tra...

Apesar (26/06/25)

O tempo passa tão rápido... Que eu sinto medo de olhar pra trás E simplesmente não conseguir voltar. Me reviro na cama buscando esquecer. Tentando não reviver cada beijo. cada promessa que ainda arde. Arrancar do peito tudo que aconteceu. Mas meu travesseiro sabe de tudo. Com ele não há segredos. Conhece meus medos, meus disfarces e defeitos, Minhas máscaras caídas, minhas lágrimas sofridas. Com ele, sou só eu. Sem jogos. Sem esconderijos. E o tempo corre com uma pressa que assusta — e olhar pra trás às vezes dá mais vertigem do que saudade. Podem pensar que sou triste. Mas não sou. Sou feliz. Mesmo com partes de mim ainda morando no ontem. Mesmo que nem tudo tenha seguido comigo. Eu sigo. Inteira. Apesar.

O Novo Amor e o Luto

O luto é uma montanha-russa emocional que não avisa a próxima curva. A gente não supera; a gente tenta coexistir. E muitas vezes, mesmo com o coração pulsando de saudade e memórias, é impossível escapar do peso das expectativas alheias: "Você precisa seguir em frente", eles dizem. Mas o que é seguir em frente quando cada esquina do mundo sussurra o nome do Rafael? Eu sinto falta dele, das risadas, dos defeitos, até das pequenas chatices que eram só dele. Sinto falta do beijo de manhã, da alegria com o Natal. E sinto a ausência até onde ele nunca esteve – como na represa de Furnas, onde eu não pude deixar de pensar: Rafa ia amar esse lugar. Ele está em tudo, até nas músicas que ele nunca ouviu, fazendo parecer que ele nunca realmente foi embora. Mas, ao mesmo tempo, ele foi. E aí vem o dilema. Amar de novo. Como? Como abrir espaço para outra pessoa sem sentir que estou diminuindo o espaço do Rafael? Como não deixar que o medo de parecer ingrata ou desleal para ele, ou até para...

Eu tive um sonho… (06/06/25)

E não foi qualquer sonho. Foi uma mistura de guerra espiritual, ataque de pernilongos mutantes, cachorro voador e uma aula prática sobre por que é importante manter a mala arrumada mesmo quando você acha que vai dormir na casa da sua avó. Começou assim: eu estava na casa da minha avó Dalva, com minha fiel escudeira Ana Elisa. Tinha acabado de chegar por alguma razão misteriosa — como sempre, nos sonhos a gente só aparece nos lugares, sem contexto. Deixei minha mala principal lá, mas levei aquela menorzinha de sapatos. Porque, claro, se o mundo for acabar, melhor estar com os sapatos certos. Fomos pra algum lugar — e esse “algum lugar” era nada menos que o cenário de uma guerra de mundos. Isso mesmo. Apocalipse na área, com monstros e tudo. Eram Anjos e Arcanjos lutando contra demônios... Tentamos fazer algo heroico, mas vimos logo que não ia dar certo. Resolvemos ser inteligentes: fechamos a porta daquele mundo e deixamos o pau torando lá dentro. Falei: “Se a gente não fechar, eles vão...