🌙 Sonhei que minha vizinha pegou uma arma
Estava na varanda da minha casa, quando ouvi a confusão. Meus cachorros latiam desesperadamente, os dela também. Um alvoroço de sons, instintos e tensão. Olhei para o lado e vi: a casa da minha vizinha havia sido invadida.
Antes que eu pudesse pensar em qualquer reação, ela surgiu — decidida, firme, com uma arma nas mãos. Apontou para os invasores e os colocou para correr. Foi tudo muito rápido, mas também muito intenso. O barulho, o medo, o cheiro do perigo ainda estavam no ar quando tudo terminou.
Depois que os cachorros se acalmaram e o silêncio voltou com gosto amargo, fui até a casa dela. Queria ver como estava, se precisava de algo, oferecer companhia. Ela me recebeu com os olhos ainda agitados, mas já sem o susto estampado no rosto. Estava chateada. Triste, mesmo. Disse que não queria ter usado a arma, que aquilo a feria por dentro. Mas, ao mesmo tempo, sabia que não tinha outra alternativa.
Fiquei pensando no peso que é ter que se proteger — não só do que vem de fora, mas também da culpa que vem depois. Às vezes, ser forte dói mais do que ser ferido.
🔍 O que esse sonho quer dizer?
Esse sonho fala sobre limites, proteção e força interior. A casa invadida representa a ameaça a espaços seguros, sejam eles emocionais, familiares ou até espirituais. A vizinha que reage com uma arma simboliza uma parte sua (ou uma figura feminina próxima) que, mesmo relutante, é capaz de se defender com firmeza diante do que ameaça sua paz.
Os cachorros — símbolo de alerta e lealdade — indicam que seus instintos estão aguçados, e você está atenta ao que acontece ao seu redor. A varanda, como espaço de observação entre o interno e o externo, sugere que você está numa fase de transição ou vigilância emocional.
O mais marcante, no entanto, é o sentimento da vizinha após o confronto. Mesmo sabendo que agiu com razão, ela carrega a dor de ter precisado ser dura. Isso mostra que nem sempre a força é uma escolha leve — mas muitas vezes, é necessária.
Talvez o sonho esteja te mostrando que você não precisa se sentir culpada por ter se protegido ou por ter dito “basta” quando alguém cruzou os limites. Ser firme não é o oposto de ser sensível. É, muitas vezes, a expressão mais poderosa do amor próprio.
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