Eu não gosto da ideia de um dia para lembrar dos mortos, até porque não vejo a morte como um ponto final, mas sim como uma vírgula em uma história que atravessa planos. Para mim, o Dia de Finados sempre foi uma data estranha, quase protocolar, um lembrete público de algo tão íntimo que se torna difícil de compartilhar. Porque quem já amou de forma profunda e verdadeira, sabe que a ausência não precisa de uma data marcada: ela é a sombra silenciosa que caminha ao nosso lado todos os dias. A morte chega sem pedir licença, interrompe conversas, apaga sorrisos e enche de ecos os cantos que um dia transbordaram de vida. É como um vento forte que nos desfolha, nos arranca pedaços e leva para longe. Mas, por mais devastadora que seja, é na falta que encontramos a força de reconhecer o que foi extraordinário. Por que, afinal, a falta é a confirmação de que algo verdadeiro existiu. Só sente o vazio quem teve a sorte de se encher de histórias, de risos compartilhados, de aprendizados que hoje m...
🖤Transformando o limão mais amargo em algo parecido com uma limonada. Quando adolescente eu escrevia um diário em um caderno de capa amarela... o meu bote salva-vidas…🖤