Talvez as coisas estejam finalmente chegando ao seu lugar
Que talvez seja lugar algum
Depois da curva do vazio
Talvez meu coração se cale
E os gritos
A dor
E os gemidos
Tornem-se uma parte escura da estrada.
Talvez as coisas estejam finalmente chegando em seu lugar
Mesmo que o lugar seja um lugar cinzento
Sem música e cores vibrantes
Sem apelos e paixões inconstantes
E sem dor
E sem sabor.
Porque nem eu sei como cheguei até aqui
Não sei qual curva eu virei sem perceber
Eu sei que andei mesmo sem querer,
Eu sei que vi chover...
E de repente eu estava nesta estrada
Que não sei onde leva? Se me leva?
Estou enganada!
Estou perdida caminhando por lugar nenhum
Querendo chegar ao meu paraíso
Pelo caminho do incomum...
Sei que de tanto andar por essas curvas
Percebo agora na encruzilhada
Que talvez a coisa certa
Seja sair desta amada estrada
Seja, realmente, abandonar esse sonho
Seja encarar que as coisas são... Como são
E que talvez estejam finalmente em seu lugar...
Queria pedir, sem alarde: Mundo, para. Só um minuto. Desliga os alertas, os prazos, os sons. Esquece os boletos, as mensagens não respondidas, os “tem que”. Só um minuto. Pra eu sentar. Respirar. Sentir meu próprio corpo sem correria. Ouvir meu pensamento sem ruído. Ficar quieta — sem culpa. Porque tem dias que viver parece atravessar correnteza. E tudo em mim grita por ar. Por pausa. Por um intervalo entre o caos e o próximo compromisso. Então, por favor... Mundo, só um minuto. Eu prometo que volto. Mais inteira. Mais eu.
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