Que anda se sentindo velha, cansada, errada…
Que olha pra sua vida e sente que o tempo corre rápido demais,
que as cobranças são muitas,
que os erros são imperdoáveis…
E você tenta.
Tenta tanto.
Se inspeciona, se corrige, se culpa…
E, mesmo assim, o erro passa — como aquele vento insistente, entrando pela fresta da janela que você esqueceu de tampar…
Naquele segundo que você… pisca.
E, claro, você se culpa, porque acha que não podia nem piscar.
Eu sei.
Eu sei porque… eu também sinto isso.
E é exatamente aí que a gente erra mais:
Quando acredita que não pode falhar.
Quando esquece que viver é também falhar.
Você não está velha.
Nem burra.
Nem complicada demais.
Você está viva.
E viver… cansa.
Viver… pesa.
Viver… às vezes é cinza.
Mas o cinza não é ausência de cor…
É só um convite.
Pra desacelerar.
Pra respirar.
Pra se escutar…
Hoje, eu só queria te lembrar disso:
Que não precisa acertar o tempo todo.
Que pode, sim, piscar.
Que pode errar.
Que pode… simplesmente… existir.
E que até o mais cinza dos dias pode ser só o pano de fundo perfeito para o próximo pôr do sol.
Então, respira.
Não conserta nada agora.
Só respira.
Você não está velha.
Você está em transformação.
E quem não se complica… não se expande.
Pode ficar só entre nós… mas eu precisava te lembrar:
Você não está sozinha.
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