Pular para o conteúdo principal

Em seu Lugar (03/09/2009)

Talvez as coisas estejam finalmente chegando ao seu lugar

Que talvez seja lugar algum

Depois da curva do vazio

Talvez meu coração se cale

E os gritos

A dor

E os gemidos

Tornem-se uma parte escura da estrada.

Talvez as coisas estejam finalmente chegando em seu lugar

Mesmo que o lugar seja um lugar cinzento

Sem musica e cores vibrantes

Sem apelos e paixões inconstantes

E sem dor

E sem sabor.

Porque nem eu sei como cheguei até aqui

Não sei qual curva eu virei sem perceber

Eu sei que andei mesmo sem querer...

Eu sei que vi chover.

E de repente eu estava nesta estrada

Que não sei onde leva? Se me leva?

Estou enganada!

Estou perdida caminhando por lugar nenhum

Querendo chegar ao meu paraíso

Pelo caminho do incomum...

Sei que de tanto andar por essas curvas

Percebo agora na encruzilhada

Que talvez a coisa certa

Seja sair desta amada estrada

Seja realmente abandonar esse sonho

Seja encarar que as coisas são... Como são

E que talvez estejam finalmente em seu lugar...

Comentários

Mais Vistas

Só um minuto (05/2025)

Queria pedir, sem alarde: Mundo, para. Só um minuto. Desliga os alertas, os prazos, os sons. Esquece os boletos, as mensagens não respondidas, os “tem que”. Só um minuto. Pra eu sentar. Respirar. Sentir meu próprio corpo sem correria. Ouvir meu pensamento sem ruído. Ficar quieta — sem culpa. Porque tem dias que viver parece atravessar correnteza. E tudo em mim grita por ar. Por pausa. Por um intervalo entre o caos e o próximo compromisso. Então, por favor... Mundo, só um minuto. Eu prometo que volto. Mais inteira. Mais eu.

A cobra (01/07/25)

Essa noite tive um sonho muito marcante. Eu estava no meio de uma plantação, tirando fotos — como se fosse para algo relacionado ao ocultismo, rituais, espiritualidade. Era um lugar com muita água ao redor. Minha família também estava lá. Enquanto isso, acontecia uma apresentação de alguma coisa (não lembro o quê), e ao lado havia uma casinha com computador. Meu irmão estava dentro dessa casinha, jogando, enquanto o restante da família estava do lado de fora. Na água, de repente, começaram a surgir muitas cobras. Eram enormes. E perigosas. Daquelas que engolem a gente inteiro. Toda hora aparecia uma e a gente precisava fugir, espantar, correr. Eu estava conversando com minha prima Ana Flávia, quando, do nada, uma dessas cobras imensas engoliu ela inteira. Fiquei em choque. Peguei a Maria Eduarda pela mão e gritei: “A cobra comeu a Ana Flávia!” Na hora que olhamos, vimos que a cobra estava com vários corpos enrolados. Era assustador. ⸻ 🧠 O Significado Esse sonho, apesar de intenso, tra...

Café com Queijo (25/06/25)

Recebi esse poema como presente… E que presente. Versos que me vestem, me revelam e, de alguma forma, me acolhem. Tem algo de mágico em ser enxergada assim, com tanta leveza e encanto. Palavras que tocam onde o toque não alcança. 🖤