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A Dura Arte de Deixar Ir

"Agora não é um bom momento para mim…" Acabei de dizer essa frase e, de repente, parece que tudo mudou de lugar. A cabeça, confusa, tenta acompanhar o turbilhão de sentimentos, mas falha miseravelmente. Sabe aquele momento em que você sente que tudo está desmoronando, mas ao mesmo tempo, quer desesperadamente juntar os pedaços? Como se, por um milagre, pudesse reconstruir o que um dia foi perfeito, como se pudéssemos trazer de volta aqueles sorrisos tímidos, as pequenas alegrias que deixamos para trás.

Fico pensando: quando foi que deixamos de lado os momentos pequenos, aqueles tão simples, mas tão preciosos? Tão preocupados com as "grandes" coisas da vida, nos esquecemos de que a felicidade muitas vezes está nas entrelinhas, nos detalhes mais sutis. E aí, um dia, a gente acorda e se dá conta de que perdeu muito mais do que tempo… Perdemos conexões, emoções, partes de nós.

O que mudou? Será que fui eu? Será que o tempo passou mais rápido do que eu consegui acompanhar? A verdade é que hoje meu coração está tão apertado que mal consigo respirar. Essa sensação de perda, de ter deixado algo escorrer pelos dedos sem ao menos perceber, me assombra. Mas, ao mesmo tempo, fico me perguntando: será que vale a pena tentar reconstruir? Ou talvez seja hora de aceitar que algumas coisas, por mais dolorosas que sejam, pertencem ao passado?

O aperto no peito grita, mas o coração também sabe que não dá para voltar. Tudo tem o seu tempo. E talvez o segredo esteja em parar de tentar colar os cacos e começar a descobrir o que fazer com o espaço que eles deixaram.


"Será que perdemos tempo tentando recuperar o que já se foi, ou é o tempo que nos escapa enquanto nos perdemos no passado?"

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